domingo, 15 de novembro de 2009

Crônica de voo

Uma dúvida que sempre fica quando eu viajo de avião: por que há avisos de que os bancos dos passageiros são flutuantes, em caso de a aeronave cair no oceano?
Ora, até onde eu sei - e a opinião dos especialistas parece ir na mesma direção -, os aviões não foram feitos para descer no mar, com exceção dos hidroaviões.
O mais provável, pelo que eu ouvi ou li a respeito, caso haja essa tentativa por parte dos pilotos, é que o avião exploda ou quebre e afunde rapidamente.
Isso, com raríssimas exceções, que só confirmam a regra, como foi na vez em que uma aeronave pousou no rio Hudson, nos Estados Unidos. O piloto era um expert em segurança aérea, que conhecia como poucos o seu ofício.
Há poucos dias, outro avião tentou pousar em rio no Brasil, na região Amazônica, e algumas pessoas sobreviveram. Mas era um monomotor, portanto bem mais leve que um Airbus ou Boeing das linhas comerciais.
Ou seja, a chance de sobreviver em uma queda na água, ainda mais na velocidade normal dos grandes jatos, e próxima de zero.
Pra que então falar de bancos flutuantes? Talvez para nos encher de otimismo e vencer a travessia sem pânico. Deve ser uma forma de as companhias mostrarem que podemos confiar na segurança aérea . Dormiremos tranquilos nos nossos assentos que vão nos proteger, nos nossos sonhos.