domingo, 12 de abril de 2009

Meio tempo

Jogo rolando solto na televisão, na tarde de domingo. É clássico da semifinal do Paulistão, Corinthians e São Paulo. E o pai de família dividia, com a filha e o namorado dela, o sofá. Eles não perdiam nenhum lance. Ou quase, afinal de contas, o filho mais novo, de quatro anos, teimava em receber atenção, para brincar com alguém.
O pai tinha prometido descer no playground para brincar com o menino. E a mãe cobrava, com razão: "Desce um pouco agora e volta no fim do jogo, senão depois vai ficar tarde" .
"Tá bom, no intervalo eu vou", concordou o homem.
O jogo fechou o primeiro tempo no empate.
No playground, havia outro homem que também cumpria o papel de pai, brincando de bola com as crianças. Era fácil perceber: o futebol na TV não era tão importante quanto uma tarde de brincadeiras com o filho.
Ficou a curiosidade de saber como terminaria o clássico. Mas, nada como ver uma criança brincando, sorrindo e feliz. Perder o resto da partida não foi tão duro assim. Pelo contrário, valeu muito pena.